quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Como transformar a cidade

Gostei da foto (Rio Cheonggyecheon, em Seul, Coreia do Sul).
A matéria discute a questão fundamental do "desenvolvimento" contemporâneo.
De passagem, uma crítica ao evidente crime urbano do prefeito Lacerda, o mais incompetente dos prefeitos da história da cidade, e no entanto reeleito.

Do Mobilize. 
Cidades, como transformá-las? Comece por sua calçada
Pequenas intervenções que podem "curar" as cidades brasileiras e promover mudanças importantes na mobilidade urbana. Leia o Editorial do Mobilize
Autor: Marcos de Sousa. Postado em: 11 de setembro de 2014

O Brasil tem hoje cerca de 85% de sua população vivendo em cidades. São  173 milhões de pessoas que convivem, trabalham, estudam e se divertem nos aglomerados urbanos. É uma situação completamente diferente do país dos anos 1950 e 1960, quando a maioria dos brasileiros estava no campo, segundo os registros do IBGE.
Os dados foram apresentados pelo arquiteto e urbanista Sérgio Myssior durante o III Fórum Mobilize, realizado dia 5 passado, em São Paulo. Essa concentração de gente em apenas 0,25% do território nacional faz crescer as demandas por energia, habitação, saneamento, saúde, educação e mobilidade urbana em todas as cidades, mas especialmente nas regiões metropolitanas.
No entanto, como lembrou o jornalista Gilberto Dimenstein no mesmo Fórum, é exatamente dessa fricção entre pessoas e recursos nos centros urbanos que nasce a fagulha do conhecimento e da inovação. O fenômeno é mundial, e o Brasil apenas está na vanguarda do processo. Dimenstein lembrou o decréscimo da importância dos países e a correspondente valorização das cidades no cenário internacional.
As cidades -- com sua concentração -- tendem a ser mais eficientes para o desenvolvimento humano, desde que dotadas de boas redes de serviços, comunicação e mobilidade. Sem bons sistemas de transporte -- que dispensem o uso do carro -- as cidades brasileiras perderão competitividade, avisam os urbanistas. E aí está um dos pontos frágeis do país, que continua a vender a solução individual como a única possibilidade de transporte com segurança e conforto.
Mesmo as obras mais recentes comprovam a falta de planejamento na mobilidade urbana, como mostrou o arquiteto Myssior na falta de conexão entre dois sistemas de BRTs recém-implantados em Belo Horizonte, obrigando os usuários a longos trajetos por duas enormes passarelas, além do pagamento em dobro da tarifa. Com tantas desvantagens, é natural que  as pessoas optem pelo carro ou moto.
A íntegra.

Rio Cheonggyecheon, Seul (Coreia do Sul)

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